FAQ
Para que serve a analise polínica?
Ao nível de comercialização é utilizada para verificar a correspondência ao nome botânico (por exemplo “mel de urze”, “mel de eucalipto”, etc.), à indicação obrigatória do país de origem (por exemplo “Portugal”) e à indicação da origem territorial (por exemplo “Mel de montanha”ou a uma DOP. A um nível cognitivo e para os méis multiflorais, é útil avaliar as fontes às quais as abelhas foram recorreram para fabricar o mel. Permite verificar alguns tipos de defeitos (presença de leveduras, vestígios de pelos, higiene na sua generalidade) e alguns tipos de fraudes (por exemplo adição de amido).
É suficiente a análise polínica para determinar a origem botânica do mel?
Para a confirmação dos méis monoflorais, o produto deve ser oriundo da origem indicada e possuir características organolépticas, físico-químicas e microscópicas. Para alguns tipos de mel e em casos duvidosos pode, portanto, também ser necessário verificar alguns parâmetros físico-químicos, como, por exemplo, a cor, a condutividade elétrica e a relação frutose / glicose.
É suficiente a análise polínica para determinar a fraude de mel?
Geralmente não, somente as fraudes mais grosseiras podem ser reconhecidas pela análise de pólen, em geral, métodos de análise físico-químicos especialmente detalhados e especializados são necessários. Um dos métodos mais simples é a análise da acidez e prolina no mel, mas estes parâmetros só por si não confirmam a fraude. A Comissão Internacional do Mel aponta que méis genuínos devem ter concentrações de prolina superiores a 180 mg/kg de mel.
Qual a percentagem mínima de néctar de uma espécie que permite considerar um mel monofloral?
Esta questão não pode ser respondida de maneira simples, uma vez que os padrões não definem percentagens mínimas, pois não é possível verificá-los analiticamente. O controlo deve ser realizado através da verificação de vários parâmetros de composição que estão indicados em documentos científicos. Podemos de alguma forma relacionar a monofloridade do mel com as percentagens minimias de pólen de uma determinada espécie que dá origem a essa mesma monofloridades.
É obrigatório fazer análises para indicar o valor nutricional?
Não. O mel extraído de Unidades Primárias de Produção (UPP) não necessita de realizar este tipo de análises. Somente é indicado caso haja um acordo comercial entre o apicultor e o cliente.
Se fizer análises o meu mel é valorizado?
Não necessariamente. Mas é aconselhável falar com o comprador e verificar quais as exigências para o mel a grosso. A valorização pode acontecer quando o mel é vendido a retalho. Os méis que sejam monoflorais, que não apresentem resíduos (antibióticos e acaricidas) e que tenham valores baixos de HMF têm elevadas probabilidades de serem valorizados o que estimula a confiança entre o apicultor e o cliente para futuros negócios.