ANÁLISES POLÍNICAS



Desde o início da APISMAIA, o interesse nas análises polínicas tem vindo a aumentar na apicultura nacional, onde as empresas revendedoras de mel têm a sua principal quota nesta crescente procura. A acompanhar este crescimento estão incluídas outras empresas apícolas, associações apícolas e apicultores em nome individual.
As análises polínicas são essenciais para determinar a origem botânica e geográfica do mel e de outros produtos apícolas. Através da análise polínica é possível atingir determinados objetivos na apicultura:
1) Rotulagem do mel consoante a sua origem botânica.
2) Constituição de lotes homogéneos
3) Valorização do mel monofloral
4) Verificação da higiene do mel
5) Origem botânica e geográfica do pólen
6) Origem geográfica da própolis
7) Origem geográfica da geleia real
8) Deteção de falsificações da origem geográfica
A determinação da origem botânica do mel assenta no princípio base dos grãos de pólen recolhidos no néctar de uma espécie vegetal servirem como marcadores dessa mesma espécie. Na generalidade dos casos, se um mel apresenta um tipo de grão de pólen dominante (> 45%) considera-se monofloral dessa mesma planta. Porém, esta regra simples apresenta várias exceções. Por exemplo, os grãos de pólen de algumas espécies vegetais surgem sobre-representadas no mel, significando isto que a sua contribuição relativa na composição polínica do sedimento do mel é superior à percentagem de néctar dessa espécie vegetal que foi incorporada nesse mel, ou seja, para considerar monofloral é necessário percentagens superiores a 45%. Noutras espécies vegetais, situações inversas de sub-representação polínica poderão ocorrer, ou seja, para considerar monofloral basta percentagens inferiores a 45%. A tabela indica as percentagens geralmente aceites na comercialização do mel para alguns méis portugueses. Estes valores podem estar sujieitos a alterações consoante a informação obtida ao longo do tempo.
